Às vezes eu paro e me pergunto: Será a vida mesmo tão complicada ou eu que complico tudo?
Esses dias mais uma vez me deparei com a sensação já conhecida de sonhar o sonho dos outros. De repente me vi super empolgada com uma determinada realidade vivenciada por pessoas próximas e a quis para mim, mas será que a quero mesmo?
Adaptação. Parece que tudo gira em torno dela. Eu percebo como se houvesse um processo osmótico que nos leva a estar equilibrados com o ambiente ao nosso redor, mas... Peraí, será que dá pra ser assim? Será que eu quero ser assim: Diluída para não destoar? Eu não sei e talvez desse não saber surjam tantas outras complicações.
O simples fato de o meu olhar estar concentrado no outro me faz desviar do meu próprio caminho. E, paradoxalmente, não dá pra seguir adiante olhando pro próprio umbigo. Estamos em sociedade, vivemos em simbiose. Como conciliar os aspectos particulares da personalidade e os aspectos globais da condição humana? Como separar o eu, quase sempre egoísta, do nós, com a sua necessidade de empatia e colaboração?
Eu vivo um caminho de dúvidas, um caminho de quem se atreve a pensar e a questionar sua condição. Talvez fosse mais fácil viver como autômato, mas certamente eu não seria tão eu. Eu não gosto de me sentir encurralada, sem a certeza de que fui eu quem escolhi o caminho, a direção e o destino.
Sei, sei que sou controladora. Mas isso tem mais a ver com autenticidade, opinião própria.
Eu quero poder vivenciar um prazer ou uma dor com a consciência de que fui eu quem escolhi o caminho que me levou ali. Não quero ser meramente arrastada pela escolha do outro, não quero dar a ninguém a responsabilidade de escolher por mim. A vida é minha, quero eu vivê-la em todas as suas possibilidades e renúncias. Não seria justo impor a outrem algo que é tão intrinsecamente ligado a mim.
Mas será que há uma forma de montar essas peças e fazer isso tudo coexistir em harmonia? Essa vida é muito boa, afirma uma grande amiga, hoje eu diria: essa vida é muito louca, confusa, complexa e, adivinhem, simples. Talvez seja a simplicidade do que está à nossa frente e não queremos, ou não podemos, ver que dê sentido a tudo isso. Até achar um entendimento para minhas questões, cá estou eu em constante busca.
segunda-feira, 21 de abril de 2014
sexta-feira, 21 de março de 2014
Pontos finais, cortes fatais, vida que ensina e que renova, e recomeça...
Você pode passar a vida inteira vivendo a filosofia do "deixo a vida me levar", mas acredite em mim, um dia a vida exigirá de você um posicionamento, uma decisão.
Você pode passar a vida inteira permitindo que os outros decidam por você, colocando sua vontade em segundo plano, pensando sempre em agradar a opinião alheia, mas acredite em mim, um dia você se deparará consigo mesmo e terá a oportunidade de se escolher, de se priorizar.
Você pode fugir das situações difíceis, dos fantasmas, das questões mal resolvidas, mas acredite em mim, um dia tudo isso baterá à sua porta e te encurralará até ouvir de você uma resposta convincente, uma resolução.
Hoje eu estou aqui, com uma sensação amarga na boca, em ânsia de vômito, porque tive de tomar uma grande decisão para resolver questões cruciais em minha história e definitivamente me priorizar. Foi fácil? Não foi não, talvez por isso a manifestação física desses sintomas. Mas foi necessário.
Às vezes a gente precisa retirar um órgão canceroso para evitar que ele infecte e espalhe a enfermidade por todo o corpo. E geralmente é assim, é preciso cortar a própria carne para se livrar de um mal maior.
Quantas vezes no caminho precisamos optar por nós mesmos? Nos desapegar em definitivo de algo que nos faz mal? Muitas, não é verdade?
É, minha gente, a vida tem dessas coisas, às vezes dói, incomoda, mas o tempo amortece o trauma e ajuda na cicatrização.
Neste momento o coração dói, talvez mais tarde ele se apazigue. O importante em tudo isso é que agora, mais do que nunca, sou eu em primeiro lugar. E se sou capaz de cortar o culturalmente incortável, sou capaz de qualquer ação para garantir o que me faz bem, o que eu mereço.
Sim, eu estou comigo e estou aqui por mim.
Você pode passar a vida inteira permitindo que os outros decidam por você, colocando sua vontade em segundo plano, pensando sempre em agradar a opinião alheia, mas acredite em mim, um dia você se deparará consigo mesmo e terá a oportunidade de se escolher, de se priorizar.
Você pode fugir das situações difíceis, dos fantasmas, das questões mal resolvidas, mas acredite em mim, um dia tudo isso baterá à sua porta e te encurralará até ouvir de você uma resposta convincente, uma resolução.
Hoje eu estou aqui, com uma sensação amarga na boca, em ânsia de vômito, porque tive de tomar uma grande decisão para resolver questões cruciais em minha história e definitivamente me priorizar. Foi fácil? Não foi não, talvez por isso a manifestação física desses sintomas. Mas foi necessário.
Às vezes a gente precisa retirar um órgão canceroso para evitar que ele infecte e espalhe a enfermidade por todo o corpo. E geralmente é assim, é preciso cortar a própria carne para se livrar de um mal maior.
Quantas vezes no caminho precisamos optar por nós mesmos? Nos desapegar em definitivo de algo que nos faz mal? Muitas, não é verdade?
É, minha gente, a vida tem dessas coisas, às vezes dói, incomoda, mas o tempo amortece o trauma e ajuda na cicatrização.
Neste momento o coração dói, talvez mais tarde ele se apazigue. O importante em tudo isso é que agora, mais do que nunca, sou eu em primeiro lugar. E se sou capaz de cortar o culturalmente incortável, sou capaz de qualquer ação para garantir o que me faz bem, o que eu mereço.
Sim, eu estou comigo e estou aqui por mim.
quarta-feira, 19 de março de 2014
Quem eu quero comigo
Hoje acabei me deparando com um questionamento sobre amizade. Sobre uma tal amizade, particularmente.
Sou uma pessoa reservada, de poucos amigos; de muita intensidade e expansividade, restrita ao acesso de poucos, muito poucos. E o pior é que mesmo selecionando bem os que tenho como amigos aqui e acolá me deparo com umas situações em que toda a minha paciência, sangue frio e capacidade de abstração são postos à prova.
Sabe o que é constantemente combinar com antecedência um programa com uma pessoa, o qual é aceito, mas é sempre recusado na véspera em prol de uma outra atividade? Desculpe o palavrão, mas eu pergunto: - Que PORRA de amizade é essa? Mas tem mais, piora. Essa mesma pessoa sempre que tem oportunidade, enaltece a importância da minha amizade na vida dela.
Desculpe-me todo mundo, mas eu não consigo ser assim. Eu não quero ser assim. Não quero ter amigos apenas para tapar o buraco deixado por outras pessoas e, na presença dessas outras pessoas, esquecer o tal amigo.
Tenho aberto mão, de muito bom grado, de vários relacionamentos que não valem nada. E esse tipo de amizade é algo que mais distrai do que fortalece. Leve a mal não, mas não quero, ó! Cansei! =P
Se a vida que escolhi é para ser vivida com leveza e intensidade, se quero ao meu lado apenas quem me faz bem, sigo hoje meu caminho com muita convicção de que minha presença vale muito para ser trocada por nada. Minha presença vale muito para mim, quem não compartilha desse ponto de vista, fique a vontade para seguir seu próprio caminho, pois perto de mim só quero quem é de verdade, quem tem disposição e bom coração, quem tem capacidade de reciprocidade.
Sou uma pessoa reservada, de poucos amigos; de muita intensidade e expansividade, restrita ao acesso de poucos, muito poucos. E o pior é que mesmo selecionando bem os que tenho como amigos aqui e acolá me deparo com umas situações em que toda a minha paciência, sangue frio e capacidade de abstração são postos à prova.
Sabe o que é constantemente combinar com antecedência um programa com uma pessoa, o qual é aceito, mas é sempre recusado na véspera em prol de uma outra atividade? Desculpe o palavrão, mas eu pergunto: - Que PORRA de amizade é essa? Mas tem mais, piora. Essa mesma pessoa sempre que tem oportunidade, enaltece a importância da minha amizade na vida dela.
Desculpe-me todo mundo, mas eu não consigo ser assim. Eu não quero ser assim. Não quero ter amigos apenas para tapar o buraco deixado por outras pessoas e, na presença dessas outras pessoas, esquecer o tal amigo.
Tenho aberto mão, de muito bom grado, de vários relacionamentos que não valem nada. E esse tipo de amizade é algo que mais distrai do que fortalece. Leve a mal não, mas não quero, ó! Cansei! =P
Se a vida que escolhi é para ser vivida com leveza e intensidade, se quero ao meu lado apenas quem me faz bem, sigo hoje meu caminho com muita convicção de que minha presença vale muito para ser trocada por nada. Minha presença vale muito para mim, quem não compartilha desse ponto de vista, fique a vontade para seguir seu próprio caminho, pois perto de mim só quero quem é de verdade, quem tem disposição e bom coração, quem tem capacidade de reciprocidade.
sábado, 8 de março de 2014
Dia Internacional da Mulher
Eu nunca havia visto tantos homens comprando flores. Talvez hoje muitas mulheres recebam essas flores, recebam convites para uma refeição especial, recebam presentes, enfim, ganhem alguma reverência de seus homens, filhos, colegas de trabalho, etc.
Em 08 de Março de 1857, aproximadamente 130 mulheres morreram carbonizadas em uma fábrica de Nova Iorque. Morreram porque ousaram reivindicar por melhores condições de trabalho, por equiparação de direitos trabalhistas com os homens, por um tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
E lembrar esse fato histórico que deu origem ao “Dia Internacional da Mulher” contrasta com as flores e mimos citados anteriormente. Contrasta porque o que eu, enquanto mulher, quero é muito mais do que a necessidade de uma data comemorativa para ser lembrada.
Quero uma sociedade em que as mulheres não sejam simplesmente valorizadas pelo corpo, capacidade reprodutiva, sensibilidade, delicadeza, amorosidade ou outras qualidades similares. Mas que nossas ideias, capacidade criativa, profissionalismo, competências polivalentes e tantas outras características, histórica e culturalmente, atribuídas ao sexo feminino sejam reconhecidas.
Quero um tratamento de respeito que possa se estender ao longo de todos os dias do ano e que me dê a liberdade de exercer minha feminilidade sem sofrer qualquer tipo de violência. Quanto às flores, prefiro que elas fiquem vivas, plantadas em muitos jardins.
sábado, 8 de fevereiro de 2014
Minha cesta de compras
Não tem característica que eu aprecie mais do que a autenticidade. Ou talvez até tenha e eu não esteja me lembrando agora... O fato é que admiro, acho lindo, babo, tem o meu respeito, aquelas pessoas que sabem quem são e o que querem e vivem de acordo com isso. É, talvez também entre nesse contexto a minha tão amada e queridinha coerência.
Amo gente que não tá nem aí para a vida alheia, para o que tá na moda, para o que as pessoas costumam fazer, dizer ou pensar. Elas são. Isso basta. Talvez dentre meus grandes sonhos de "vir a ser", o mais forte seja este: ser autêntica e coerente. Saber reconhecer meu valor, lembrar quem paga as minhas contas e ligar o foda-se para o resto do mundo...
Revolta? Talvez. A maturidade também é bastante necessária nessa busca de ser quem somos, mas enquanto ela não chega por completo, abramos um pouco de espaço nas nossas gavetas bem comportadas e politicamente corretas para a rebeldia, para colocar a boca no trombone, ou talvez para ignorar. O que seria de nós sem a capacidade de ignorar o absurdo, hein? Sim, porque ficar indignada é fácil, gritar, xingar, falar palavrão pode até ser catártico, mas ignorar é divino.
Enfim, se eu fosse nomear todas as características que aprecio e almejo para mim talvez faltasse vocabulário suficiente, talvez o sábado a noite não bastasse, talvez meus punhos e tendões não suportassem o esforço extremo de tal tarefa... Talvez... Ficarei com meus exageros, sonhos nem tão utópicos e razões mais do que ponderadas de adquirir algumas (ou quem sabe toda a lista citada) dessas qualidades, afinal investir em si mesmo é mais do que justo, é necessário.
Amo gente que não tá nem aí para a vida alheia, para o que tá na moda, para o que as pessoas costumam fazer, dizer ou pensar. Elas são. Isso basta. Talvez dentre meus grandes sonhos de "vir a ser", o mais forte seja este: ser autêntica e coerente. Saber reconhecer meu valor, lembrar quem paga as minhas contas e ligar o foda-se para o resto do mundo...
Revolta? Talvez. A maturidade também é bastante necessária nessa busca de ser quem somos, mas enquanto ela não chega por completo, abramos um pouco de espaço nas nossas gavetas bem comportadas e politicamente corretas para a rebeldia, para colocar a boca no trombone, ou talvez para ignorar. O que seria de nós sem a capacidade de ignorar o absurdo, hein? Sim, porque ficar indignada é fácil, gritar, xingar, falar palavrão pode até ser catártico, mas ignorar é divino.
Enfim, se eu fosse nomear todas as características que aprecio e almejo para mim talvez faltasse vocabulário suficiente, talvez o sábado a noite não bastasse, talvez meus punhos e tendões não suportassem o esforço extremo de tal tarefa... Talvez... Ficarei com meus exageros, sonhos nem tão utópicos e razões mais do que ponderadas de adquirir algumas (ou quem sabe toda a lista citada) dessas qualidades, afinal investir em si mesmo é mais do que justo, é necessário.
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