domingo, 30 de novembro de 2014

Minha rede invisível

Eu queria ter um blog que falasse sobre amor e coisas fofas, mas infelizmente nem sempre é tão bonitinho o conteúdo que escrevo, mas é verdadeiro apesar de tudo. A vida me deu o maravilhoso presente de conhecer o Ique, na verdade acompanho o blog dele há pouco mais de um ano e sou simplesmente fascinada pela forma e pelo conteúdo que ele escreve. Considero-o um amigo, um cúmplice, um semeador de esperança nessa seara tão árida que às vezes é o amor (Segue o link do The love code para quem se interessar: http://www.thebrocode.com.br/).

Fui ao cinema agora à tarde assistir ao filme Boa Sorte, havia visto o trailer anteriormente e me interessei bastante pelo tema. Filme forte, poeticamente dolorido, visceralmente bonito. O fato é que numa das falas do protagonista ele cita o hábito de andarmos todos ultimamente olhando apenas para frente, indiferentes a quem está ao nosso lado, não enxergamos os outros.

E dentre os muitos paradoxos desta vida, que nem sempre é vivida no amor, está justamente o fato de como seres humanos necessitarmos do outro para nos fazermos e socializarmos, embora ultimamente a cultura nos aponte para o egoísmo, a indiferença, o passar por cima sem olhar para os lados.

Talvez em última (ou primeira) instância tenhamos medo. Medo de sermos tocados pelo outro. Medo de criarmos laços. Medo da perda. Medo da solidão. E, confusa e contraditoriamente, atraímos para nós aquilo que mais tememos.

Sei que essa é uma experiência própria e recorrente da minha vida, mas acredito que muitos outros já se viram na situação de "antecipar uma desgraça pressentida" por acreditar que não aguentaria passar por aquilo. E o pior, a gente traz a "desgraça" para si e se vê tendo que aguentar o tranco da dor, da solidão, do desamor, do que podia ter sido, mas a gente por medo do fim finalizou.

Minha personalidade já me fez muitas vezes caminhar por estradas totalmente escuras, tortuosas e cheias de buraco. Até que eu consegui compreender que não sou a minha personalidade, mas a utilizo desde muito tempo para lidar com situações que de certa forma abalam minha segurança. E hoje, minimamente, consigo perceber quando ela está no comando e, na busca por me tornar consciente de tal, já consigo diferenciá-la de mim. 

Este final de semana foi de uma confusão de sentimentos que eu nem tentaria escrever a respeito. Passou um filme e tanto da minha vida. Tentei fugir dessa avalanche me refugiando em distrações, mas ela estava sempre lá, ou melhor, aqui, bem pertinho. As lágrimas vieram algumas vezes, o aperto no peito, aquele "se" tão mais torturante do que o "não". A vontade de fazer algo para mudar o final de determinada história. As mãos atadas. E os fantasmas...

Não entendo muito bem o que ocorre, nem o que me leva a ter esses arroubos repentinos de inquietação, ansiedade e nostalgia. Sei que já lutei muito contra tudo isso e atualmente simplesmente tenho deixado vir a tona, sentindo a dor doer, as lágrimas molharem meu rosto e todo o resto fluir.

Na caminhada de volta para casa ouço Frejat cantando Túnel do Tempo, chego em casa e ponho tal música para tocar e ela me fala:



Nosso encontro aconteceu como eu imaginava
Você não me reconheceu, mas fingiu que não era nada
Eu sei que alguma coisa minha, em você ficou guardada
Como num filme mudo antes da invenção das palavras

Afinei os meus ouvidos pra escutar suas chamadas
Sinais do corpo eu sei ler
Nas nossas conversas demoradas
Mas há dias em que nada faz sentido
E o sinais que me ligam ao mundo se desligam

Eu sei que uma rede invisível irá me salvar
O impossível me espera do lado de lá
Eu salto pro alto, eu vou em frente
De volta pro presente

Sozinho no escuro nesse túnel do tempo
Sigo o sinal que me liga à corrente dos sentimentos
Onde se encontra a chave que me devolverá
O sentido das palavras ou uma imagem familiar
Mas há dias em que nada faz sentido
E os sinais que me ligam ao mundo se desligam

Eu sei que uma rede invisível irá me salvar
O impossível me espera do lado de lá
Eu salto pro alto, eu vou em frente
De volta pro presente


Talvez hoje seja apenas mais um desses dias "em que nada faz sentido", mas eu espero, desejo e torço pelo dia em que encontrarei essa chave ou, quem sabe, ela já esteja até comigo, mas ainda não aprendi a usá-la. O que eu sei é que enquanto isso "eu salto pro alto, eu vou em frente" e tomara que, como diz a música, haja sempre em meu caminho "uma rede invisível [que] irá me salvar".

domingo, 23 de novembro de 2014

E o novo vem!

E então um belo dia chega o momento em que você percebe que algo mágico aconteceu, que as sinapses funcionaram, que a química falou mais alto e que você está irreparavelmente apaixonada.

Chega um momento no qual você percebe que sua roupa favorita já está rala de tanto uso, que ela saiu da moda, que já não lhe cai tão bem quanto antes, que precisa substituí-la.

Acontece de você perceber que aquelas pessoas que você tinha grande apreço e consideração já não fazem mais parte da sua vida, sob nenhum aspecto, e nem lhe acrescentam mais coisa alguma, muito pelo contrário.

Você percebe que chegou ao ponto em que não há outra saída a não ser virar a página, seguir adiante e descobrir o que há por trás da nova porta que lhe aguarda, bem à sua frente, ainda fechada.

Então, meu amigo, quando a hora chegar na sua vida, não vai precisar ninguém te dizer, você mesmo saberá que a vida pede passagem, que novos caminhos se abrem e que você precisa escolher entre a comodidade sufocante do atual ou a oportunidade de novidade que lhe espera.

Saberá que não há muito espaço para onde fugir quando a vida decide se renovar e perceberá que o melhor mesmo é se lançar - de cabeça - numa nova aventura, num novo amor, num novo projeto, na vida.

Passei este final de semana em um retiro de eneagrama e o que eu vislumbrei foi apenas uma confirmação de que o amor bateu na minha porta e de que ele não vai arredar o pé. Na verdade, eu não o deixarei ir embora.

Das tantas e infinitas coisas - grandes, sutis, bobas, fantásticas, loucas, etc - que me acontecem diariamente, não posso negar a maravilhosa descoberta do amor, amor por mim, amor por quem sou e, em última e primeira análise, auto-aceitação.

Levou longos anos, muitas lágrimas e muitos remendos no meu coração até eu me sentir totalmente confortável com quem eu sou, com as escolhas que faço, com os desejos que tenho, com os sonhos que cultivo.

Levou tempo até eu entender minhas dores, meus medos, meus defeitos, minhas infinitas e estimadas qualidades. Levou tempo e muita persistência até eu olhar no espelho e conseguir sorrir diante da imagem refletida, até eu conseguir olhar nos meu olhos e declarar tudo o que sinto por mim. Passaram-se muitas sessões de terapia até eu ter pensamentos e ações positivos a meu respeito, a descobrir assertividade com meus sentimentos e emoções, a empreender o que amo, a me colocar em primeiro lugar, a assumir meu amor e minha predileção por mim.

Hoje eu sei que estou em frente a uma porta e que a simples decisão de abri-la já me deixa aos prantos. Pois sei, apenas sei, que muitas outras descobertas e situações estão em vias de se desdobrar e que não há volta neste caminho em que estou. E agora consigo ter consciência de quanto procrastinei chegar até este ponto, da mesma forma que sei que cheguei no momento exato e que tudo aconteceu da melhor forma possível para mim.

Acredito que cada trauma vivido, cada ato de violência interna ou externa praticados/sofridos, cada lágrima derramada, cada "eu não consigo" ou "eu não posso mais" tiveram um propósito maior. E eu estou aqui para me lembrar de que nada foi em vão e de que novos tempos, novos desafios, novas dores e novas descobertas sempre virão, assim como novos frios na barriga, novos amores, novos sonhos, novas conquistas e novas necessidades de recomeçar.

Ainda bem que a vida é assim, sempre dinâmica, em um movimento descompassado que não dá pra entender, mas que uma hora ou outra acaba fazendo todo sentido.

Poderia escrever sobre a intensidade do que sinto hoje, sobre o tamanho do meu sorriso ou sobre o descompassar do meu coração. Mas a mensagem que posso e quero deixar hoje, do mais profundo âmago do meu ser e do meu coração, é: Vale a pena insistir. Tenha coragem! Não desista nos 100km, ande mais um pouco. Não desista no quarto amor, o quinto pode ser melhor e mais verdadeiro. Acredite em Deus, mais na frente Ele vai te mostrar que sempre há outro caminho. Respeite seus valores, suas dores, seus sonhos, suas vontades, seus medos, sua intuição, pois todos eles fazem parte de quem você é. E se ame, se ame e se ame, mesmo que você seja a única pessoa a fazer isso. Ame-se. Respire fundo e siga em frente, o restante virá.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

O acender das luzes

Ontem alguém no trabalho falava sobre insônia e eu tive o "insight" de que em minha vida a insônia estava sempre atrelada aos meus projetos de relacionamentos. Ledo engano. Aqui estou eu, às 00:53 para me mostrar o contrário. Ansiedade. Estou ansiosa, muito ansiosa. Amanhã, ou melhor, daqui a pouco, vou a uma consulta com um especialista em joelhos para "discutir" sobre o melhor tratamento para a minha mais recente aquisição clínica: condromalácia patelar.

De toda forma, de tudo o que me aconteceu nesta noite típica, que se tornou atípica, ficam algumas constatações. A ansiedade tem a capacidade de me desestabilizar por completo e é uma grande e desgastante luta sempre que tento domá-la, prova disso são os quatro, cinco dias passados em que tento fazer minhas práticas diárias de meditação e o máximo que consigo são dois, três minutos conturbados de relacionamento interior.

Mesmo assim é válido observar que a ansiedade, e não os relacionamentos, é a raiz do meu mal estar e a sementinha que me leva à quase total insanidade. Contudo, percebo também que a ansiedade nasce em momentos de dúvida, de incerteza, de ausência de controle, momentos em que preciso confiar em alguém "externo" para percorrer determinado caminho. Acredito que esta seja a raiz ainda mais profunda de toda essa problemática.

Considero de suma importância mapear essas "causas-efeito" em meu funcionamento psíquico para a organização de esforços para lidar com as consequências turbulentas que sempre vem. Observar o que me causa mal estar e de onde vem essa inquietação que me acomete e que não me deixa em paz serve para que eu busque novos mecanismos para lidar com essas situações ou outras similares.

E no meio de toda essa teorização-sistematização sobre meus mecanismos, nem sempre amigáveis, de funcionamento, me vem um novo "insight" (agora sim!). Sabe quando uma criança, no auge do seu medo e incerteza, fantasia monstros e todos os terrores possíveis nas sombras projetadas em seu quarto? Pois é, isso acontece porque ela não consegue enxergar o que realmente existe e não tem coragem para levantar da cama, acender a luz e perceber os objetos que criaram as projeções mentirosas. Crianças geralmente gritam pelos pais, para que eles mostrem a elas que o medo é infundado.

Nos últimos dias sinto-me acometida por uma incômoda sensação de solidão, independente de onde estou e de quem me acompanha, sinto-me inexoravelmente só. E essa solidão me causa uma angústia e um medo profundos e inexplicáveis. Neste caso, meu grito de socorro é direcionado a Deus. Mas minha incapacidade de "levantar e acender" a luz na minha psique me fazem procrastinar a percepção da ilusão das projeções que tenho criado. Deste modo, o medo, a angústia e o grito de socorro constante criam um estado de mal estar que só se desfaz quando passo a enfrentar meus fantasmas e, olhando corajosamente para eles, acendo a luz e os desfaço com um feixe de realidade.

O que há de reconfortante e alentador em tudo isso é que, metáforas a parte, tudo se processa realmente dessa forma. Enquanto minha luta contra os "fantasmas" se passa no nível mental, com argumentos racionais, lógicos, eu me afundo em trevas. E só quando - por coragem, acidente ou acaso - acendo a luz e vejo o que a realidade é, é que me convenço de que não há monstros e a ansiedade se esvai, ou pelo menos diminui, e eu posso voltar a apagar a luz e dormir em paz.

Amanhã (daqui a pouco, na verdade) é um novo dia, e eu espero que seja colorido, que a consulta transcorra bem e, principalmente, que meu joelho não acumule uma cicatriz causada por bisturi. Melhor ficar com a lembrança boa de outras cicatrizes (!!!), mas que o melhor aconteça...

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Da série: Do tempo em que não me amava. Parte Final.

Há 11 dias, num domingo atípico e cheio de emoções, pensei no título dessa postagem, mas as idéias fervilhando muito não me deram tato para escrever aquilo que me ocorria naquele momento. Passados alguns dias retomo o rascunho de um texto que só tem título, embora o conteúdo transborde ao longo dos meus dias. Vou tentar, vamos lá!

Você já pensou em oferecer um vinho fino e sofisticado a alguém que não entende, não gosta ou não tem o paladar sensível ao vinho? Eu já, ofereci a mim mesma inclusive. Sabe qual foi minha reação? Corri até a pia e cuspi o vinho todo. Horrível! Na verdade não era, escolhi o vinho com base em uma aula de introdução a degustação de vinhos na faculdade, mas como não tenho o paladar sensível para apreciar tal bebida, achei insuportável o vinho que, para alguém com um pouco mais de exposição à degustação de vinhos, poderia considerá-lo muito bom.

O que quero mostrar com isso é que não adianta oferecer algo bom para alguém que não tem condições de avaliar. E dessa forma, o algo oferecido não é melhor ou pior, bom ou ruim, em absoluto; tampouco o alguém que experimenta é bom ou ruim, digno ou indigno. Simplesmente não há compatibilidade de interesses, experiências e expectativas de uma parte para a outra e, deste modo, não é conveniente expô-las a um relacionamento.

Pode parecer que estou sendo taxativa e absoluta, mas me deixe explicar melhor usando um exemplo do domingo, dia 19, em que escrevi o título deste texto. Saí com uma amiga e uma amiga dela de manhã, a noite minha amiga veio me dizer que a amiga dela tinha um pretendente para mim e perguntou se poderia repassar meu contato telefônico para o rapaz entrar em contato, surpresa com a situação, consenti. Pouco tempo depois estou eu falando com a criatura que era simplesmente completamente inapropriada para o tipo de pessoa que eu sou. Você pode perguntar: "- Por que?", eu explico.

Eu sou aberta ao diálogo, à diversidade, ao respeito ao diferente. E o cara começou logo criticando meus hábitos e escolhas saudáveis de vida, ao mesmo tempo em que sua cultura de lazer era totalmente avessa à minha e eu simplesmente ouvi, sem criticar. Eu realmente me senti um vinho fino, e caro, sendo experimentado por alguém sem qualquer experiência enológica, já viu o desfecho? Eu sim.

Risos à parte, porque foi tudo tão grosseiramente ridículo que eu termino a descrição da conversa por aqui, é bom perceber na prática o movimento de amor próprio que tenho vivenciado. Reparar que meus valores e conceitos estão firmes e fundamentados e não é qualquer "abestado" que vai me ludibriar ou me fazer esquecer do meu valor. Apreciadores apreciarão, o restante é resto.

No tempo em que não me amava, faria malabarismos para convencer alguém de que sou legal e interessante. Hoje eu sei que sou e ponto final, se não repararem é problema deles não meu. No tempo em que não me amava, bastava uma crítica para me fazer ficar triste, embaraçada, perder o dia ou até chorar. Hoje dou risada de gente que não me conhece e que me julga porque é mais simples rotular do que conhecer e contemplar o diferente. No tempo em que não me amava, o desamor das pessoas nada mais era do que uma projeção do que eu sentia por mim mesma. Hoje eu sinto pena de quem prefere culpabilizar o outro (a mim) por suas próprias feridas, frustrações e desamor.

Hoje eu me amo e estou aqui não para repetir até me convencer, mas simplesmente afirmando uma constatação. Se eu me aceito o tempo todo, se continuo rígida demais nas cobranças para comigo mesma, se me vejo com um conceito pessimista a respeito do mundo e de mim mesma, são questões que se colocam e que nem sempre podem ser respondidas de uma forma absoluta. Existem dias ruins nos quais se eu pudesse nem levantaria da cama. Mas sabe quando você ama alguém e muitas vezes esculhamba essa pessoa, mas fica zangado e não permite quando outra pessoa vai avacalhar seu ser amado? Pois é, é assim que me sinto. Eu posso me colocar pra baixo algumas vezes, mas você não, então se comporte!

É uma delícia falar sobre essa descoberta do amor por mim, mas gostoso ainda é estar vivendo/sentindo isso. E me sinto feliz, em meio a tantas situações desagradáveis, de poder compartilhar esse momento novo, feliz e leve em que me encontro. A vida é movimento e eu quero continuar nessa levada de descobertas, de novidades, de reinventar-me diariamente. E que este seja o marco de um novo começo, o começo de uma nova fase, o começo de uma nova forma de viver a vida. O começo da série em que EU ME AMO.

domingo, 26 de outubro de 2014

Qual a minha escolha?

Hoje é 26 de outubro de 2014 e, mais uma vez, fomos às urnas escolher nossos representantes para o governo estadual e federal. E que triste pra mim foi ter que me arrastar até meu local de votação e votar por obrigação sem qualquer convicção de melhora. Triste escolher quando nenhuma das possibilidades realmente agrada ou representa.

Acredito que na vida passamos por muitos momentos assim, momentos nos quais, a despeito das opções, a vida nos obriga a escolher. E essas escolhas geralmente nos mostram que não há caminho de volta, por mais que você escolha mal, só resta seguir adiante e aceitar, se responsabilizar pelo que escolheu.

Eu estou triste. Já me sinto assim há alguns dias. Me sinto inundada por uma onda de sentimentos negativos que me fazem crer estacionada na minha própria história, inerte, incapaz de continuar. E encurralada nessa rua sem saída me pergunto quais são as escolhas que tenho...

Aceitar o pior, o menos ruim? Desistir de acreditar e de lutar? Abandonar os sonhos e a fé? Não sei. Tudo parece tão nublado, acinzentado. As rodas tão travadas. Falta óleo nas engrenagens e as articulações, literalmente, sofreram um derrame e estalam o tempo todo. Viver dói. Ou será só comigo? Crescer dói demais. Escolher dói também. Parece que escolha e dor são amigas íntimas, estão sempre juntas.

Mais uma vez sinto que a vida me pede algo além do que estou dando. O pior é que eu até imagino o que é, mas cadê que sai? Eu me sinto completamente travada, sem conseguir sequer dar o primeiro passo. Coragem, meu Deus, dá-me coragem.