quinta-feira, 31 de março de 2016

Pra frente, Amanda!

Último dia de um mês de dias conturbados. Parece que durou um ano tão longos foram esses dias. Tantas emoções vivenciadas. Tristeza, solidão, incompreensão, medo, angústia, inquietação, sofrimentos. Alegria, generosidade, gratidão, conquista, apoio, cumplicidade, reciprocidade, carinho, descobertas. Como li, em algum lugar, o carrossel nunca para.

Estou em um relacionamento depois de alguns anos sozinha, imagina o misto de felicidade e dor de cabeça? Pois é, nem tudo é simples quando se decide não estar sozinha. Compartilhar a vida é incrivelmente bom, mas isso não nos isenta de momentos desastrosos.

Estou estudando para uma prova, para ocupar um cargo público, que pode mudar minha vida. E mesmo tentando dar o meu melhor, depois de tantos anos sem estudar algumas coisas, é muito complicado correr contra o tempo, o cansaço e tantas outras obrigações cotidianas e me sentir preparada para concorrer com vinte mil candidatos inscritos.

Estou sentindo de um jeito novo o peso da idade, isto tem afetado a minha forma física, minha disposição em realizar algumas tarefas, a minha paciência e equilíbrio emocional, os meus projetos de vida adulta, entre outras "cositas" mais.

Estou em um dos piores momentos no trabalho. Indignada com tantas coisas erradas que vivem acontecendo, e sentindo que, diante das circunstâncias, por mais que eu faça o meu melhor, minha ação profissional naquele ambiente não fará muita diferença.

Estou assistindo o desenrolar de problemas familiares complicados e desagradáveis e me sentindo completamente atada diante das situações, sem poder alterar em nada a resolução dos acontecimentos.

E em meio a este turbilhão de coisas, não posso dizer que estou bem. Sinto-me sobrecarregada, perdida, confusa. É como se o mundo, de certa forma, desabasse todos os dias em minha cabeça e eu tivesse que, pacientemente, juntar todos os caquinhos remanescentes. Mas como?

Quase todos os dias a dor de cabeça vem como sintoma de que eu preciso desacelerar, cuidar mais de mim, mas como? Não tenho tempo. Não tenho ânimo. E o que me resta?

São momentos sufocantes em que por mais que eu busque uma postura positiva diante da vida, isso se torna mais encenação do que convicção. A tristeza vem e eu me deixo levar. As lembranças do passado vem para me fazer recordar que eu ainda sou a mesma de antes, que minhas dificuldades não se atenuaram tanto assim, que ainda tenho um longo caminho de aprendizados pela frente.

Então, preciso olhar para mim, diariamente, e ao menos tentar fazer um exercício de conscientização. De compreender a mim mesma e os meus motivos de estar mal, mas, ao mesmo tempo, de compreender que não posso "jogar a toalha" e desistir de tudo, simplesmente vivendo a vida no piloto automático.

Preciso estar atenta, presente e consciente. Preciso fazer valer cada decisão tomada. Preciso cuidar das pessoas com as quais escolhi compartilhar a vida, mas preciso cuidar também de mim. E são muitas responsabilidades, enfim. Quase sempre é complicado equilibrar todo esse peso numa bandeja e sair desfilando pelos salões da vida sem derrubá-la ou causar qualquer acidente.

É preciso ter coragem, sobretudo, para - a despeito de toda insegurança e medo de fracassar - tentar, tentar, tentar... Colocar o coração naquilo que faço. Colocar mais de mim. E não desistir de ser eu, não desistir de me entender e até de compreender meus bugs, ajudando-me a me aperfeiçoar. Porque eu acredito, por mais utópico que seja, que um dia a vida há de melhorar.

Enquanto isso, a luta continua. Uns dias com mais força, noutros sendo empurrada ladeira abaixo. Seguindo em frente, "porque pra trás não dá mais".

Abraço forte (com o pouco de força que me resta hoje), torçam por mim!
Darei notícias em breve! ^^

terça-feira, 15 de março de 2016

Eu insisto.

Às vezes a vida da gente traz tantos desafios, tantas dificuldades, tantas dores... que ficamos, algum tempo, perdidos, sem saber o que fazer ou para onde ir.

Já faz alguns anos que repito a máxima de que a vida é um teste de paciência. Porque é realmente assim que eu me sinto. E mais, me parece às vezes que é como um jogo que, ao avançar o nível, aumenta proporcionalmente o grau de dificuldade.

E nesse percurso caótico de tragédia e recomeço, cabe a cada um traçar sua estratégia campeã. Fácil não é, mas entregar os pontos nunca foi uma escolha (minha). Assim, a gente sofre, se angustia, se descabela, mas também se descobre mais forte.

Parece que mesmo quando nos sentimos esgotados, resta um pouco de vontade de ver as coisas melhorarem, de fazê-las acontecer. E é isso que nos empurra adiante, muito além do que nos achamos capazes. Mais na frente, eu quero acreditar que, entenderemos o porquê das dificuldades que nos assolaram e poderemos sorrir mais completos, mais fortes e mais vitoriosos.

Por hoje, eu insisto.