terça-feira, 16 de setembro de 2014

Avisa que eu percebi!

É incrível a cooperação que a vida oferece sempre que decidimos trilhar o caminho da evolução.
Sempre que optamos por acreditar em nós mesmos e fazer nosso melhor para seguir adiante.
Tenho experimentado há alguns dias a fascinação que é viver um dia de cada vez, sem bagagem, sem preocupação, sem pensamento acelerado, apenas observando e me priorizando.

No sábado uma colega me indicou um livro que, segundo ela, tem tudo a ver com meu processo de crescimento e desenvolvimento pessoal, com minhas buscas, questionamentos e anseios.
Ontem essa mesma colega me deu o livro de presente e eu, vidrada, não consigo parar de ler.

O livro é Mulheres que correm com os lobos, escrito por Clarissa Pinkola, que consiste em um estudo psicológico, à luz da teoria Junguiana, dos arquétipos e mitos que envolvem a Mulher Selvagem, em suma, nossa mais poderosa aliada na autodescoberta e crescimento, nossa essência intuitiva, nosso poder feminino. Infelizmente o livro encontra-se esgotado, mas procurando direitinho você consegue um download. ;)

O que eu sei é que a leitura de algumas páginas até agora me fizeram acordar para alguns pontos interessantes e importantes da minha história.

- Fui criada para ser boa. Não boazinha, mas a melhor. E sentia-me sempre impelida a melhorar mais e mais, nunca era o suficiente.

- Aprendi a valorizar, quiçá idolatrar, a figura masculina, em especial, meu pai, e relegar-me a função de servir e agradar tal figura em detrimento de minhas opiniões e necessidades.

- Desenvolvi uma forte autocrítica autodestrutiva. Dessa forma, nutri-me de insegurança, baixa autoestima e autoimagem não coerente com a realidade.

Só tenho uma sensação ao elencar esses pontos diante do que li: QUESTIONAR.

Acredito que quem tem baixa autoestima conseguirá se identificar mais com minhas percepções, mas o fato é acordei e percebi que simplesmente não preciso provar nada a ninguém, agradar ninguém, nem buscar loucamente ser melhor e melhor para provar às vozes do passado (e as interiores) que tenho valor.

Sabe o que é melhor em tudo isso? Perceber que eu sou uma criatura maravilhosa e fantástica. E isso não é programação neurolinguística, mas o que sinto. Moro há quase 11 anos sozinha, trabalho, me sustento, dou um duro danado pra me virar, me proteger, me cuidar. Trabalho proporcionando momentos de reflexão, questionamento e crescimento a outras pessoas que se encontram fragilizadas devido o uso de substâncias psicoativas, mesmo muitas vezes sentindo uma cratera dentro do meu peito.

Cumpro minhas responsabilidades, pago minhas contas, corro atrás dos meus anseios espirituais, cuido dos amigos, cuido da casa, curso nova graduação, me dedico a hobbies, sempre encontro tempo para sonhar. Poucas são as pessoas no meu caminho que me estendem a mão para oferecer um alento ou um antitérmico, não obstante a isso tento seguir adiante com o que e quem tenho.

Acho que tenho conseguido fazer um bom trabalho, me equilibrando em meio ao caos existencial, de modo que hoje, e a partir de hoje, não admito intromissão alheia no meu território psíquico, social e pessoal. Não admito que me menosprezem ou me façam sentir indigna (nem eu mesma), não aceito críticas de quem não me conhece ou acompanha minha labuta, não darei mais espaço para oportunistas que venham querer desfrutar do meu amor, carinho e atenção sem qualquer tipo de empatia ou comprometimento. Sim, é oficial, estou ligando o foda-se para você que quer compartilhar meus risos, mas que não está presente quando minhas lágrimas caem, principalmente lágrimas associadas a você.

Estou fazendo uma faxina geral e vou jogar muitas lembranças, coisas e pessoas fora, para sempre. O que não serve para tornar o caminho mais bonito e agradável não será carregado. Desapegar é a meta. Viver com o essencial é o objetivo. Olhar para frente e agir com coerência é meu acordo mais íntimo. Escutar meu coração e me deixar guiar pela minha intuição é a minha lei. Vou ali me encontrar, me amar e me fazer feliz, ok? "Vou pra frente porque pra trás não dá mais"!

Beijos, Sociedade! :***

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