Às vezes a gente se perde no imediatismo e deixa passar oportunidades que só vem no tempo certo. E o ser humano é mesmo um bichinho apressado, daqueles que pensam que ou é agora ou nunca mais será. Eu sou assim, sempre fui bem intensa e precipitada. Sempre quis resolver as coisas na hora, no calor da emoção, no desespero de perder.
Semana passada eu comecei a reler um livro sobre relacionamentos, mas as gestalts que a leitura me proporcionaram foram muito além do tema abordado propriamente. Assim, me vi no sábado aos prantos, percebendo um luto tardio pela Amanda que fui e que não serei mais. Chorei a dor de perder pessoas importantes para mim e, mais ainda, chorei por quem deixei de ser, chorei pela Amanda que restou de tudo isso, retalhada, sozinha e, muitas vezes, triste.
Hoje, surpreendentemente, a vida me trouxe quem eu julgava ter perdido, sem eu precisar dar um passo sequer em sua direção. E eu pude olhar, conversar, chorar, pedir perdão e recomeçar. Felizes os dias em que a vida nos leva a recomeçar, a renovar. Benditas as perdas que nos fazem ganhar a nós mesmos e aos que merecem ficar ao nosso lado. E a vida segue, minha gente, sempre em frente.
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E hoje eu respiro fundo e sorrio, e agradeço, porque eu acredito, porque vale a pena. |
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