
Dançar sempre foi fonte de prazer e de contentamento em minha vida. Lembro da menininha cujos olhos brilhavam ao ver uma apresentação de ballet e que sonhava, silenciosamente, em ser assim quando crescer. Lembro das apresentações no colégio, lindas e ingênuas coreografias das músicas da Xuxa, da Mara e de outras, nem tão ingênuas assim, mais tarde na adolescência. Lembro das apresentações na igreja, do divertidíssimo improviso no Ministério de Dança. Tudo sempre tão levemente feliz. Dançar para mim sempre foi assim: momentos de leveza, de contentamento, de deixar fluir corpo, música, energia... Embora por alguns momentos a vida, e algumas pessoas, tenham me levado ao afastamento do ato de dançar, a dança sempre esteve presente em minhas memórias, em minhas analogias, entre minhas paixões. Apesar do meu jeito tímido de ser, da minha vergonha excessiva, da minha falta de jeito e de outras trapalhadas, nunca desisti de tentar. Em 2010, graças ao incentivo de um querido amigo, criei coragem de me aventurar numa dança que, até então, não tinha tido coragem suficiente de me lançar: a Dança do Ventre. De lá para cá foram muitos aprendizados, desafios infindáveis, muita determinação, muita vontade e alguma disciplina. Amanhã estarei mais uma vez estreando num palco, um pouco mais formal desta vez, mas mais do que qualquer deleite ou vaidade, subirei lá e dançarei o meu melhor, simplesmente para desafiar a mim mesma, aos meus limites e perceber que eu posso sim... dançar, voar, ser eu mesma. E que não será qualquer outra pessoa que me ditará os limites do que eu posso ou não fazer!
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