"Entra ano e sai ano é a mesma coisa", apregoa em uníssono o senso comum, mas será que é assim mesmo?
Estamos nós às vésperas de mais um natal, às portas de um novo ano, e o espírito que vejo povoar as ruas, os shoppings centers, os noticiários é o mesmo: o consumo. Sei que é até comum expressar críticas ao consumismo tão característico deste período, mas será que é só isso?
Quantos vão entrar ano e sair ano e não ver nada de novo lhes acontecer? Quantos vão se sentir sozinhos e angustiados nessa tal celebração do amor? Quanto do vazio existencial os presentes que compramos conseguirão suprir?
E o que me dói em tudo isso é me ver refém de uma cultura em que existem datas específicas para abraçar, pedir perdão, recomeçar, ganhar presentes. É tudo tão cíclico para quê? Para quem?
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