domingo, 12 de outubro de 2014

Sobre casamentos e suspiros emocionados

Ontem tive o privilégio de participar da cerimônia de casamento de uma colega da faculdade e reacender a fé e a esperança na força do amor. Sei que parece meio clichê e óbvio evocar a relação entre casamentos e essa chama romântica que automaticamente brilha em nossos olhos ao pensar a respeito, mas pode haver mais do que o óbvio nesse tipo de vivência/constatação.

Deve haver algo muito forte e poderoso para juntar duas histórias e levá-las a permanecer unidas, idealmente, para sempre. Foi essa a sensação que tive ontem ao borrar a maquiagem trocentas vezes de tanto chorar. O amor é danado assim, quando percebemos ele já dominou tudo e assumiu o controle sobre nossas expressões físicas, emocionais e espirituais.

Foi bonito testemunhar, mas mais ainda, reacender a fé na união matrimonial, embora toda ideologia vendida ao contrário. Acreditar que o amor pode ser #DeVerdade. Acreditar que os sonhos podem se realizar. Acreditar que duas pessoas podem vencer as dificuldades, dúvidas e medos e se lançarem para uma vida em comum. É assustador e ao mesmo tempo fantástico imaginar o que de fato é casar.

Não sei se algum dia chegarei a experimentar tal realidade, espero que sim, mas desde já a percebo como algo muito grande, mas que se constrói com partículas mínimas, de amor, cumplicidade, tolerância e paciência. É meio que tecer um grande tapete ou costurar uma grande colcha, e são muitas as pecinhas que compõem o todo, mas nem sempre elas são simétricas ou se encontram em perfeito estado e, mesmo assim, cabe a quem está tecendo/costurando, ter sensibilidade e saber dosar cada elemento. É realmente uma arte.

O mais interessante em meio a tantas lágrimas e tantos pensamentos acerca do assunto é que naquele momento mágico, para as solteiras, em que a noiva joga o buquê, eu acreditei. E a força desse meu acreditar foi tão grande que o buquê veio parar nas minhas mãos. Que alegria! Não simplesmente por acreditar que quem pega o buquê vai casar brevemente, mas principalmente por ter me atrevido a estar lá, entre as disputantes, por ter acreditado que eu poderia pegá-lo e por ter conseguido dar mais este passo tão imperceptível para os outros, mas tão significativo para mim.

Talvez o texto assuma um tom sério ou melancólico. Estou emocionada até agora e, vez ou outra, uma lágrima rola rosto abaixo. É isso, casamentos me deixam assim. E só de me imaginar um dia ocupando o papel da noiva, tendo encontrado alguém que esteja disposto a se aventurar por essas searas tão confusas e delicadas dos relacionamentos afetivos, me deixa extremamente emocionada e chorona.

Fica a certeza de que o amor, o verdadeiro amor, é realmente lindo e capaz de superar qualquer dificuldade e tornar real todos os sonhos. Eu acredito. Eu quero isso para mim. O buquê já veio, que venha o noivo! E que eu esteja preparada quando a hora chegar.

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