segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Das confissões da saudade

E quando um belo dia você percebe que o passado veio te visitar e se vê desenterrando algo que estava a sete palmos de terra?

E quando você acompanha as lembranças atuais de alguém, que pra você, já morreu?

Quem nunca stalkeou nesta era digital, que atire a primeira pedra.

Quem nunca se viu, mesmo sem sentido ou lógica, indo procurar nas redes sociais por alguém que fez parte da sua vida em um passado remoto que me condene.

Hoje eu não suportei. Peguei o celular e comecei a buscar. E, em cada foto que aparecia na tela, eu via alguém que eu gostaria que fizesse parte da minha vida hoje.

E, me senti profundamente tocada, ao ver que aquele alguém até cozinha atualmente, que mudou em muita coisa e que talvez permaneça o mesmo em tantas outras.

Bateu saudade. E quem nunca sentiu saudade de quem foi cedo demais ou daquilo que nem sequer viveu, que me crucifique.

Tenho a impressão de que, se hoje eu pudesse, bateria na porta dele. Não para pedir desculpas ou para me declarar. Não para agradecer ou reivindicar qualquer coisa. Mas somente e tão somente para olhar mais uma vez em seus olhos e dar o meu melhor sorriso.

Algumas partidas são perdas, outras livramento, e você, o que é, afinal?


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