O instagram me lembra hoje que há 54 semanas eu saía com você. Fomos à livraria, participar de um clube de leitura e comprar novos bebês, tomamos sorvete e, em seguida, você veio me deixar em casa. Estava com dor, tinha que tomar um remédio, havia deixado-o em casa e não pôde ficar muito tempo aqui.
Naquele dia eu não imaginava, mas aquela seria a penúltima vez que nos veríamos.
Esses dias, eu peguei um dos livros que comprei na ocasião e comecei a ler (sim, ele estava bem escondido, novinho em folha, me esperando...). E quanto mais eu leio o livro, mais sua presença/ ausência é notada.
Acredito que o pôr do sol pode tanto ser romântico quanto depressivo, desde que evoque naqueles que o vivenciam lembranças de um passado qualquer. Você é um passado bom, mas que dói recordar. É como quando se está tomando um sorvete delicioso e, do nada, na melhor parte, ele derrete, cai da sua mão e se espatifa no chão. Contigo foi assim, desse jeitinho.
Acho que nunca é tarde demais para sentir dor de cotovelo, ou será? Não sei nem sei se é este o caso. Sei que sua ausência tem me seguido nos últimos dois/ três dias e, mais uma vez, tem me tirado o riso fácil, a concentração nos estudos e o foco nas metas. Será essa uma nova maldição para setembro?
Amanhã faz um ano que lhe escrevi pela última vez e, casualmente, fui ignorada até hoje. Eu tentei seguir em frente, tentei encontrar outros amores, sair com outras pessoas, rir de outros motivos, conversar sobre outros dramas, mas não deu. E aqui estou exercendo esse papel patético de lembrar de você e de escrever para você algo que, novamente, será ignorado.
Acho meio doentio quem dedica um dia, um mês, um ano, uma vida inteira a um amor que não floresceu. Gosto mesmo é de seguir em frente, quebrada, mas querendo me inteirar. Da possibilidade de semear em outros terrenos e espalhar meu jardim em locais mais acolhedores.
Hoje estou aqui para pedir libertação. Que os deuses do blogger, e da escrita, consigam me ajudar a superar essa página desbotada e seguir adiante. Que eu consiga, por obstinação, criatividade ou falta de opção, colocar um ponto final virtual, mas real, nessa história. Que seja o último pôr do sol que eu me sinta triste pensando em você. E que eu seja livre para recomeçar e viver o amor...
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