terça-feira, 8 de setembro de 2015

Notas sobre o perdão

Hoje eu quero focar num tema que mexeu muito comigo nos últimos dias e que, honestamente, sobre o qual sempre me sinto aprendiz.

Perdoar é muito difícil. Perdoar a si mesmo, tanto quanto. Quero divulgar uma palestra sobre o tema que tive oportunidade de assistir há 11 meses e hoje revi pela terceira vez.

Cada vez que assisto o vídeo e participo do exercício proposto, a vivência se torna mais significativa e necessária. Sim, vivência, pois perdoar não é teoria.

Vou colocar alguns dos meus apontamentos sobre a palestra e logo abaixo postarei o link do Youtube, assim, caso alguém tenha interesse ou necessidade, fica mais fácil de achar.

Perdoar é mais barato
(Padre Domingos Cunha)


Passos importantes:

1. Sepultar os mortos
(Enterrar os cadáveres que carregamos dentro de nós)

2. Cuidar dos vivos 
(Cultivar o que é bom)

3. Fechar os portos
(Ter cuidado com as áreas vulneráveis, perceber os pontos fracos e mapeá-los)

Resolver o passado

"Bem aventurados os que choram"

Bem aventurados (Felizes/ Ponham-se em marcha) 
Aqueles que choram (os enlutados)

Ponham-se em marcha aqueles que estão enlutados

Perdoar é diferente de esquecer.
Perdoar é devolver ao outro a liberdade, a chance de ser ele de novo.

Nós somos espelhos uns para os outros.
Se o espelho reflete nossos defeitos não é culpa dele, isso pertence a nós (os defeitos).

Nós somos campos minados de memórias, feridas, traumas, mágoas, que ficam esquecidos e no dia a dia existem situações que mexem nessas bombas, as fazem explodir, e nós sofremos.

Os outros, nos relacionamentos, tocam as nossas feridas e desencadeiam um extremo sofrimento, mas também oportunizam mapear nossas bombas.

A ferida é nossa, nós somos responsáveis por ela, nós temos que resolver isso, não os outros. 
A mágoa e a raiva que sentimos é de nós mesmos.

Perdoar-se é enterrar os nossos mortos, conhecer nossas feridas e nossos campos minados.

Libertar-se das culpas.
Aceitar-se do jeito que é.

Nunca é tarde para ter uma infância feliz, mas a segunda tentativa é por nossa conta,

Nós somos 100% responsáveis por tudo o que nos acontece - pelas nossas feridas, pelas nossas raivas, pelos nossos ódios, pelas nossas sensações de dor, pelas nossas mágoas, por enterrar nossos mortos.

Processo de PERDÃO
  • SENTIR: deixar a dor doer, acolher a sombra.
  • IDENTIFICAR: dar nome ao que sentimos (assim nos tornamos sujeitos disso - relação sujeito/objeto).
  • EXPRESSAR: colocar para fora.
  • RESSIGNIFICAR: dar um novo sentido àquilo que aconteceu. Entender o outro.

PRINCÍPIOS
  • Escolho curar meu relacionamento comigo mesmo, deixando que o hábito de julgar a mim mesmo se vá.
  • Escolho unir-me aos outros em vez de me separar deles, abandonando meus julgamentos sobre eles.
  • Escolho rasgar todos os roteiros que escrevi para o modo como acho que as pessoas deveriam ser em minha vida.
  • Hoje eu escolho desistir de me sentir vítima dos meus relacionamentos e assumo a responsabilidade por minha vida.
  • Sempre que ficar preso no passado ou no futuro, escolherei lembrar-me de que o amor só pode ser vivenciado no presente.
Por fim, lembre-se: O inimigo não está à nossa frente, nem atrás de nós, nem ao nosso lado. O inimigo está dentro de nós.

"Quanto você resolver todos os seus inimigos interiores, nenhum inimigo externo poderá vencer você". Provérbio Africano

Defesas refletem apenas feridas.
Ataques são gritos por amor.
Relacionamentos são oportunidades de saber quem somos e de evoluir cada vez mais.


Espero que gostem,

Com amor, Amanda.

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